Caronas... Ilha Solteira...

 Estava agora passeando pelo google maps quando resolvi dar uma olhada em Ilha Solteira, a cidade que visitei por 7 anos seguidos no Festival InterUnesp de MPB. O festival era (e ainda deve ser) uma delícia! Muitas músicas ótimas feitas pelos alunos dos diversos campi da Unesp. Muita MPB, estudantes-amigos-artistas interessadas em liberdade e em arte. Uma vez eu e dois amigos mandamos uma música de autoria de um deles... eu ia acompanhar no piano... mas infelizmente a música não passou... :( Enfim, Ilha Solteira me encantou de um jeito que prendeu meu coração por um longo tempo... 




A cidade é uma graça. Foi planejada para servir de abrigo aos trabalhadores da Usina Hidrelétrica, mas depois da obra feita, havia no local tanto recurso físico e intelectual no ramo da engenharia, que resolveu-se instalar lá a faculdade de engenharia da Unesp. Anos vão, anos vem, criou-se o festival de música, que é lindo!


                                                 "Prainha" à beira da represa Paraná 


Conheci muita gente querida por lá! Intercâmbio total entre as Unesps! Durante o dia a gente ia pra prainha, no chamado "Woodstock", e de noite o festival rolava no Teatro, bem em frente ao nosso acampamento, que se dava nas salas de aula ou nos gramados da universidade. A gente tomava banho no vestiário da Unesp, e invariavelmente a eletricidade caía. No primeiro dia a gente se assusta, mas depois tira-se de letra como tomar banho gelado, no escuro, ouvindo gritos de outras 8 meninas na mesma situação... rsrsrs...


Mas comecei a falar de tudo isso porque lembrei de uma carona especial que peguei lá. Eu já peguei e dei muitas caronas na minha vida, claro... não poderia ser uma viajante quase profissional se não tivesse feito isso... tive muita sorte com todas elas. E muitas caronas me deram mais do que transporte, como essa de Ilha Solteira, por exemplo. 


                            Pleno "Woodstock", muito calor!!! Nada melhor que uma "mangueirada"

Não me lembro em que ano foi, e também não me lembro ao certo quem estava comigo... mas o fato é que pra ir da Unesp até a prainha, à beira do rio Paraná, a gente tinha que pegar um ônibus circular, que demorava um tempãaaaao para chegar e estava sempre lotado... Então eu e minhas amigas, e outros grupos de estudantes também, acabávamos por ficar na beira da calçada com o polegar estendido, à busca de carona. E eis que um carro pára. 


Era um homem de seus 50 anos, ex-funcionário da represa. Ele nos contou várias coisas interessantes sobre a cidade - a população, as ruas planejadas, as casas do setor 1, 2 e 3, ou seja lá o que for, construídas para trabalhadores com respectivos níveis de instrução... não me lembro mais... e antes de nos deixar na prainha, ele nos levou para um passeio na ponte que passa sobre o rio, e que liga o estado de São Paulo ao de Mato Grosso do Sul. Foi muito bonito!


Mas o que eu gosto mesmo, e o que me marca, é o fato de encontrar essas pessoas de alma boa no meu caminho! De vez em quando fecho os meus olhos e faço uma oração, sem religião, para essas pessoas... que elas continuem aparecendo na minha vida e que eu possa retribuir essas boas ações a outras pessoas, assim como me pediu um outro cara que me deu carona no trajeto Assis-Bauru! 


Essa carona também foi mais que uma carona, e conto numa próxima oportunidade.



Palco do Festival, que rolava durante a noite no Teatro Municipal

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4 comentários:

  1. Carolina Bernardi04 janeiro, 2012

    Lindo Pri, pessoas do bem atraem pessoas do bem, é por isso q vc estara sempre rodeada delas! Beijo grande!!

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  2. zezé elias04 janeiro, 2012

    Meu anjo!! Seu coração é tão bom!!!
    Digo e repito: Vc é Iluminada!!
    Bjs
    Zezé Elias

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  3. Sua postagem também me fez lembrar das minhas caronas de Botucatu para Conchas nos tempos do cursinho.
    Agora estou curioso para saber sobre a tal carona que mencionou, mas não contou.

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  4. Pri, também já tomei muito banho gelado e nadei muito naquela prainha de Ilha, nos festivais da Unesp. Pena nunca ter te trombado por lá (ou não ter estado sóbrio o suficiente para lembrar). Obrigado por ter feito eu me lembrar que essas coisas ainda existem. Um beijo, querida

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